O mês de janeiro/23 trouxe novamente a tona discussões com relação ao mercado de crédito privado no Brasil, com o caso das Americanas. Não entraremos aqui na discussão da problemática contábil do caso, mas sim sobre a questão de na grande maioria das vezes os investidores não estarem cientes dos riscos que estão correndo em seus investimentos e aqui falamos mais especificamente dos Fundos de Renda Fixa.
Para muitos investidores os fundos de Renda Fixa (RF) são todos iguais em essência, diferenciando-se apenas nos nomes e principalmente nos retornos apresentados. Vale lembrar aqui que apesar da frase dita e repetida inúmeras vezes pelos consultores de investimentos de que "rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura"; a primeira coisa que é apresentada ao investidor é uma tabela comparativa de rentabilidade passada.
E é exatamente a rentabilidade que anima o investidor a escolher o Fundo RF A em detrimento do Fundo de RF B, sem ponderar que A e B são muito diferentes entre si. A ANBIMA criou uma classificação de Fundos de Investimentos para auxiliar tanto os vendedores como os investidores de fundos de investimentos no entendimento dos pontos principais na tomada de decisão. Mas percebemos que o uso dessa ferramenta ainda é baixo, principalmente no que tange a divulgação dos produtos na hora da venda.
Importante ressaltar que existem 16 subclasses de fundos de RF conforme classificação ANBIMA e a diferenciação entre eles é feita considerando 3 níveis de decisão:
1º Nível: Classes de Ativos
2º Nível: Riscos
3º Nível: Estratégias de Investimentos
Caso queira se aprofundar no assunto acesse a cartilha feita pela ANBIMA disponível em nosso site: https://www.virtus4.com.br/product-page/cartilha-da-nova-classifica%C3%A7%C3%A3o-de-fundos .
Aqui iremos apenas destacar O 3º Nível: Estratégias de Investimentos. Nos Fundos de RF com gestão Ativa os títulos que compõem as carteiras dos fundos podem ser: Soberano, Grau de Investimento ou Crédito Livre.
Os fundos classificados com Soberano devem ter 100% de títulos públicos federais. Já os de Grau de Investimento devem ter no mínimo 80% da carteira em títulos públicos federais, ativos com baixo risco de crédito do mercado doméstico ou externo. Já os fundos com Crédito Livre podem manter mais de 20% da sua carteira em títulos de médio e alto risco de crédito do mercado doméstico ou externo. O risco e o comportamento de cada fundo é bem diferente, apesar de todos serem fundos de renda fixa.
Resumindo:
Busque comparar fundos de mesma categoria ANBIMA, assim você poderá comparar resultados de mesma categoria de risco.
Se quiser menos risco, opte sempre por fundos que investem mais em títulos públicos federais como por exemplo os Soberanos.
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